terça-feira, 10 de junho de 2014

Tia Nãna

Tem gente que sente mais do que pressente e muito embora quando ausente sua essência se faz incandescente. Mãos que ajudam a subir no batente e não esperam aplausos de quem superficialmente vaidades ostente.
Em seu estilo sutil, latente - um amor liberto sem patente, mesmo antidogmático a todo instante vigente.
No seio, o amor influente sem a dádiva do leite por não ser parturiente.
Mas o que isso importa?
Em maternidade não houve suplente e se do ventre não fui nascente, tive pressa e no coração bati de frente amplo e escancarado recebeu-me humildemente.
Deste amor sou utente e enobrece por ser valente -  em sua força suave mesmo potente.
Laços sem embaraços onde os títulos são dormentes  -  os olhos vão além das formas e o coração amante, amado incessantemente.


Lara Barros

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