Tem
gente que sente mais do que pressente e muito embora quando ausente sua
essência se faz incandescente. Mãos que ajudam a subir no batente e não esperam aplausos
de quem superficialmente vaidades ostente.
Em
seu estilo sutil, latente - um amor liberto sem patente, mesmo
antidogmático a todo instante vigente.
No
seio, o amor influente sem a dádiva do leite por não ser parturiente.
Mas
o que isso importa?
Em
maternidade não houve suplente e se do ventre não fui nascente, tive pressa e no
coração bati de frente amplo e escancarado recebeu-me humildemente.
Deste
amor sou utente e enobrece por ser valente - em sua força suave mesmo potente.
Laços sem embaraços onde os títulos são
dormentes - os olhos vão além das formas e o coração amante, amado incessantemente.
Lara Barros
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