Interessantes
recordações nesta tarde.
Cresci
com os pés descalços, com os làbios engordurados de pão doce. Antes de ir para
a escola, meio copo de gemada trazia sustância.
Estilingues
eram armas potentes e cartas eram presentes com laços de fita. Comidas
requentadas em panelas.
Todavia,
os sobreviventes desta cultura são minoria quase declarados patrimônio
histórico.
A
massa futurista estende seus olhos a tecnologia e aos estudos cientificos que
compulsoriamente anunciam escaladas celestes outrora intransponiveis.
E
junto a evolução, mastruz com leite em jejum tornou-se obsoleto diante de
càpsulas instântaneas.
Para
os sobreviventes, adaptar-se, é vestir o espírito com mantas de flexibilidade.
Porém,
aos pupilos, as mudanças temporais associam-se a maturidade sem raízes.
Quando
maduros como frutas em ascensão, abstraem suas origens.
O
politicamente correto tornou-se linguagem defensiva.
Vivemos
numa época onde cédulas, etiqueta e brilho, defasaram a cultura desarmada da
simplicidade.
.Lara Barros
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