segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Em Braile

Por trás das cortinas a penumbra.
Lua cheia de perfil, em close, um jarro robusto.
De costas, indecifráveis digitais avermelhadas na pele.
- Como se lê?
- Em braile.

Então, arrepios, pêlo a pêlo, efeito dominó.
Nas mãos, madeixas em nó, despem o tórax.

Ruídos, sutis, ecoam.
-O que se ouve?
-Não decifra-se, sente, em braile.

Em braile? - Assim, no toque.

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