A sensibilidade humana
Declarada como "ponto de vista"
De jovens libertários, extremistas
Por braços incansáveis a abafar os gritos
Inflamados por conflitos.
No discurso o cansaço
Palavras ferinas talentosas como aço.
Em cima de palcos, de luxos despidos
opostos a saltos
Cuspiam na desvalorização sistemática da sensibilidade,
Pregando nas paredes, nos textos; na alma; a igualdade.
Incineraram o sistema capitalista
Considerado como sujo, desumano e egoísta
Não lavaram a consciência
Com á água industrializada da maledicência
Tradição libertária
Anti-hierárquica, anti-centralista e anti-autoritária.
A democracia ousada e usada
Taxatoriamente como "bom dia"
Então, á queda do homem público
A ascensão do homem privado
A chegada das máquinas e a subordinação do homem ao estado.
A oposição a privatização
Defesa da manutenção do auto-conhecimento
Resumiu-se na paz interior
Na harmonia como panicéia aos homens sedentos,
Seu algoz : o sectarismo
Com discurso intransigente
Defensor do individualismo.
A consciência profética trazia novas formas de controle social
Se sobrepunha ao modelo da racionalidade científica
Proposto pela classe política
O homem produzindo em série,
Optando-se pelo indivíduo e pela integridade humana
Um autismo coletivo
Uma classe de místicos,
Heróis
Soldados da fragilidade humana.
Lara Barros
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
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Um comentário:
Muito mais que fagulhas poéticas ... seu texto é intenso ... com fogo ..indignação ... constatação ... e beleza ...
É um incêndio ...
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